sábado, 24 de agosto de 2013

Audere est facere

Olá, queridos amigos, eu pretendia para hoje trazer o resultado de uma vasta pesquisa sobre a ousadia ao longo da história e a partir daí traçar algumas linhas, mas não deu tempo (já até estou convencido dessa história de “tempo é dinheiro” pela simples razão de que os dois sempre me faltam).
Enfim, o máximo que eu descobri foi que ousar vem do latim, “Audere” e que audere é o nome de um outro blog na net, um blog que comercializa firewalls, algo que não tem absolutamente nada a ver com isso aqui, o que significa que a pesquisa foi completamente inútil e infrutífera. Mas até aí também que se dane, esse papo etimológico ia ficar chato demais.
Importante mesmo é que o ato de ousar, está muito próximo do atrever-se, algo como “atribuir a si a capacidade de fazer alguma coisa”. Portanto, ousar é empreender com audácia, com coragem, e isso pode ser algo bom, mau, ou até mesmo ridículo, como veremos adiante.
Ousar pode ser algo bom, como exaltou Camões em relação a ousadia dos portugueses que decidiram cruzar os mares.
Pode ser também algo ruim, como foi a ousadia de Hitler, que impulsionado por sua loucura, quase transformou toda a Europa numa porcaria tão grande que teria gente até querendo se refugiar no programa de domingo da Regina Casé – e olha que pra muitos não existe coisa pior no mundo do que esse programa.
Finalmente, a ousadia pode também ser algo ridículo, como foi o que se passou com a restauradora amadora Cecília Gimenez. Para quem não se lembra ela é aquela senhorinha espanhola que chamou a responsabilidade para si, e resolveu ela mesma restaurar a obra Ecce Homo e conseguiu o grande feito de transformar o Cristo de Borja numa espécie de Muppet pagando de Monalisa.
Atitude muito ousada, que não teve o resultado esperado, mas que no entanto acabou agradando mais pessoas do que muitos artistas profissionais jamais sonhariam, afinal, qual o comediante não gostaria de fazer tantas pessoas gargalharem ao redor do mundo como conseguiu essa Dama.
E é homenageando essa ousada artista que esta coluna sempre que possível, elegerá uma personagem brasileira ou mundial, para atribuir o “Título Honorífico Cecília Gimenez”. Um prêmio que visará reconhecer atitudes que pelo seu alto grau de bizarrice possam trazer alguma diversão ao público.
E assim iremos, comentando assuntos da semana, escrevendo contos, sugerindo uma música aqui ou um filme acolá, algum livro de vez em quando e... bem a essa altura pouco importa, porque esse texto ficou longo demais, tão longo que já não deve ter mais ninguém lendo, o que significa que se você ainda está aí, pode ter certeza que você é uma pessoa única no mundo, capaz de chegar aonde ninguém mais chegou, portanto, aproveite estas palavras pois elas são exclusivas para você. Muito obrigado pela paciência e até mais.
Vagner Castelani
 
 
É claro que não existe premiação material, mas se existisse, podem acreditar que estatueta do “Premio Honorífico Cecilia Gimenez” seria muito parecida com a da imagem acima
 
 
 

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